mardi 6 août 2013

Dialogar com a cidade. Dialogue avec la ville. Rio & Newton Rezende












Ao sair da exposição de Newton Rezende descendo os degraus com o jubilo de haber desfrutado de 93 obras realizadas entre os anos 1963 - 1983, mas que poderiam muito ben serem originadas de dias atuais.

Em dias de visita do Papa Francisco ao Rio, conhecer a obra de Rezende  foi uma bemdição divertida e reflexiva para meu olhar atento e construtivo.





Artista que confundia críticos – o que fazia sera expressionismo? Surrealismo? Cubismo? Pop art? - Newton Resende ganhou reconhecimento entre os anos 60 e 80. Desde a década de 90 sem ganhar uma coletiva, aquele considerado um dos maiores cronistas do cotidiano carioca é homenageado pela mostra Newton Resende – Exposição Comemorativa do Centenário, em cartaz no Centro Municipal de Arte Helio Oiticica. 

“Nossa proposta é aproveitar o centenário do artista para, na verdade, homenagear o povo carioca e fluminense, matéria prima de suas obras”, diz Leonel Kaz, curador da mostra, que apresenta uma coleção de quase 100 obras, entre pinturas e desenhos de Newton. Conhecido pelas exposições na prestigiosa Galeria Bonino, que atuou no Rio dos anos 60 aos 90, o artista nascido em São Paulo tinha como uma de suas marcas o gosto por retratar cenas banais e cotidianas da Cidade Maravilhosa. 

Com seu traço irriquieto, imortalizou o trajeto das barcas da baía de Guanabara, os morros, favelas e espetáculos circenses. Entrou no mundo das artes tardiamente, aos 25 anos, depois de ver o quadro O Mulato de Cândido Portinari. “A impressão que se tem é a de que, no começo de sua vida, o menino Newton, filho de mãe sem recursos, tomou o rumo possível para sobreviver e, para consegui-lo, trocou o artista que havia nele por um artesão que se valia de seu talento e habilidade para ganhar a vida. E por aí foi chegando a diretor de arte de uma grande empresa. Até que, de repente, o pintor adormecido acorda e insiste em tomar o lugar do artesão que se tornara um executivo. Começa aí um processo irrefreável que vai conduzi-lo à explosão. O pintor que havia nele sai do casulo e assume finalmente o seu destino”, escreveu Ferreira Gullar. 

O poeta enxerga ainda em Resende a marca de “todo artista de verdade”: “Diante das tantas telas que pintou, ferventes de cores e figuras, quando descendo a detalhes e minúcias parece brincar, fica evidente que pintar era a sua alegria, o que lhe emprestava sentido à existência”. 













Olhar atento é capaz, um indiscutível domínio da técnica... texturas com o uso de materiais como terra, moedas etc,etc sobre a pintura.







Endereço Rua Luís de Camões 68
Centro, Rio de Janeiro
Estações próximas Metrô Cinelândia
Telefone (21) 2232 2213
Entrada: Graça
Horário de funcionamento Ter-Sex., 11h-19h; Sáb-Dom. e feriados, 11h-17h.



















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