lundi 31 octobre 2011

Drummond

É como um fio vermelho que como espírito de luz se manifesta em pedra do caminho.

Uma voz amiga me disse para imaginar por um momento o Brasil em sua época de constituição territorial, nos limites de Minas. Imagine depois de deixar o litoral e atravessar a mata atlântica, subir às alturas das montanhas de Minas. Aí bem compreenderia o Belo Horizonte desta terra. Recordando ao poeta de Minas, Drummond, compreendo uma das imagens de seu conhecido poema "no meio do caminho".
Um dia 31 é uma boa ideia para homenagear a poesia, na obra e figura deste encantador de ideias que se fixou às margens da Copacabana atual para fotos de recordação de admiradores e turistas.
A poesia é como um fio vermelho que como espírito de luz se manifesta em pedra do caminho.

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.





Photos, Installation. Francisco Rivero. RJ. Brasil





jeudi 27 octobre 2011

Inesperada luz.

Um mundo real e inacabado

Inesperada luz de tarde que impressiona a alma.
Sombras transparentes desenhadas pelas nuvens.
Todos os dias nascem sem querer amanheceres e entardeceres inacabados.










Fotos, Francisco Rivero. Charitas - Rio de Janeiro.







Um lápis vermelho no hemisfério do globo terrestre.

Indicações de um lápis vermelho que marca o itinerário no globo terrestre.

Todo viajante quando sai pelo mundo leva consigo indicações do que ver ou aonde ir, para dizer, ao retorno, em sua vaidade de recém chegado: eu estive aí.
Um lapis vermelho, como um fio vermelho, me leva pela divina rota onde é possível compartilhar emoções, em lugar de ficar em um mundinho de ruídos e referências conhecidos.
Desenhar espaços sem limites mais além dos quatro quantos de um tijolo que fabrica distâncias de ida e volta.
O redesenho com um lápis vermelho no hemisfério do globo terrestre.











Foto, Francisco Rivero.








mercredi 26 octobre 2011

Art Graphique. ( 16 )

Regard livre dans la limite des emotions disponible...

Oeuvres de styles et de tecniques souvent divers. Illustre les nombreuses possibilités offertes par l' art graphiques, médium où s' affirme mon imaginaire.







" L´élégance ". Serigraphie. T.Mixte 15 x 22.2 cm.






Aprender a amar

"Os ventos que as vezes tiram algo que amamos, são os mesmos que trazem algo que aprendemos a amar.. Por isso não devemos chorar pelo que nos foi tirado e sim, aprender a amar o que nos foi dado. Pois tudo aquilo que é realmente nosso, nunca se vai para sempre."

(Bob Marley)




Foto, Francisco Rivero







mardi 25 octobre 2011

Requiem para meus óculos perdidos.

Sempre viveste em equilíbrio sobre meu nariz, acompanhando a mirada sempre nova.

Sei que desapareceste na linha do ônibus 95 no trecho da Av. Opera em Paris. A poucos dias de viajar para o Brasil, tua ausência me era preciosa.
No Brasil, porém, tive a alegria de encontrar uma nova mirada com óculos brasileiro, cuja estréia ocorreu na visita ao MAM visitando a coleçao de Gilberto Chateaubriand.















" CARMEN "

O emocional da dança pela mão da Companhia de Antonio Gades no Teatro Municipal do Rio.

Expectativa.
Para apreciar como o público carioca acolhe e sente este trabalho de danca total. Se levamos em conta que muitos tem , mais ou menos, uma refêrencia por criações e recriações que foram feitas até nossos dias de Carmen.
Tenho que confessar que me vi submerso no primeiro momento em que esse teatro tão formoso abriu suas cortinas. A um momento senti a presenca de Antonio Gades nesse espirito de renovacão e disciplina interpretativa como pudemos ver em vida de Gades em diferentes ocasiões, como por exemplo no teatro Garcia Lorca, de Havana, que lhe era tão caro.

Que alegria tê-lo ali na ilha de Cuba onde suas cinzas repousam, numa eterna presença entre montanhas e palmeiras. Talvez ele tenha pensado no verso do poeta independista cubano José Marti quando disse : " Arte sou entre as arte, na mata, mata sou ".

Carmen, em seu vestido vermelho dançou e dançou no Teatro Municipal do Rio como uma mulher em liberdade. Com o teatro cheio, o publico a aplaudiu varias vezes.
Oh ! São Jorge ! No seu dia 23, de domingo, sabia o que aconteceria nessa tarde carioca: em vermelho a dança de CARMEN nos fascinou.






Foto, Francisco Rivero.







Pensamentos Contados.

O samba agoniza mas não morre.
Nelson Sargento & Agenor de Oliveira.

Pensamentos Contados.

A musica eleva a alma, e com este principio, Nelson Sargento, sambista, poeta, e com 87 anos de juventude, nos apresentou algumas cancóes de sua autoria.
Foi uma sorte e um privilégio apreciar o talento de un artista que com a " patente " de sargento deveria ser chamado de " marechal ", como disse um dos espectadores. Com sua sabedoria e simplicidade respondeu Nelson : " quanto ganha um marechal ? "

Aprendi com seus versos que a chuva é o pranto da natureza.





Agenor de Olivera e Nelson Sargento.






Manuel Messias

Não se pode assobiar e chupar cana ao mesmo tempo.

Agora é tempo de conhecer a obra de Manuel Messias.
As artes visuais de gravuras possuem diferentes técnicas de expressão. Uma delas é a xilografia. É através desta técnica aue se conjugam matérias cuja origem é comum : papel e madeira.
O papel como suporte no qual se estampará a imagem desenhada e talhada na matriz de madeira. O fundamental nesse caso é olhar que se faz do conjunto da obra e da vida de Messias, onde se reconhece o talento imediatamente graças a sua imaginação sobre a miséria, a morte, e as palabras pagãs ou biblicas.
Ele se vale de grandes tapumes para fazer suas xilogravuras em um conceito geométrico, com uma sintese que me surprende.

Como uma estrela fugaz, Messias elabora e reflete sobre a materialidade da palabra. Por meio de seu proprio alfabeto de uma originalidade inacabada. É uma especie de contrasenha para dialogar com a "presença " da palabra.
Messias nos interroga com sua respiraçáo de asmatico ao relento.

Quantos talento se pulverizam na abóbada celeste do céu brasileiro e que não estão nas estrelas da bandeira do Brasil.
Messias : falta



















MANUEL MESSIAS


nas coleçoes Gutman e Kornis.


Caixa Cultural Rio de Janeiro - Galeria 2


8 de setembro a 30 de outubro de 2011













Quente

Não vou umedecer a palavra porque essa água está boa para fazer café.

Nelson Sargento
Sambista - Compositor




Foto, Francisco Rivero






jeudi 20 octobre 2011

India !

O melhor lugar do mondo é aqui.

Aqui, longe em Nova Delhi

Agora, sete, oito ou nove

Sentir é questião de pele

Amor é tudo que move...

"Aqui e Agora "

Gilberto Gil.


Depois da visita à exposição India! no Rio e escutanto um verso da canção "Aqui e Agora", evoco as impressões que me deixam as diferentes expressões da arte da vida da ìndia de ontem e de hoje.Uma forma de pensamento diverso e múltiplo que cohabita em seu vasto território , onde a ideia da harmonia com o divino proporciona a impressão de paz.


Raghu Rai. Entre aa deusas. 1991


Krishna e otros deuses. Molella Rajastão-Terracota. Coleçao particular. Seculo xx.









mercredi 19 octobre 2011

Vinicius de Morais

Figura da Cultura do Brasil.

Aprender assim de repente e de maneira informal a dimensão poética de Vinicius de Morais através da selecáo oferecida por alunos e professores da EE. Euclides Feliciano Tardin e convidados em Bom Jesus.
Um convite a um melhor conhecimiento da obra desta figura da cultura do Brasil.








Foto, Frabcisco Rivero






Pátria Minha

Marcus Vinícius da Cruz e Mello Moraes
(Rio de Janeiro, 19 de outubro de 1913 — Rio de Janeiro, 9 de julho de 1980)


A minha pátria é como se não fosse, é íntima
Doçura e vontade de chorar; uma criança dormindo
É minha pátria. Por isso, no exílio
Assistindo dormir meu filho
Choro de saudades de minha pátria.

Se me perguntarem o que é a minha pátria direi:
Não sei. De fato, não sei
Como, por que e quando a minha pátria
Mas sei que a minha pátria é a luz, o sal e a água
Que elaboram e liquefazem a minha mágoa
Em longas lágrimas amargas.

Vontade de beijar os olhos de minha pátria
De niná-la, de passar-lhe a mão pelos cabelos...
Vontade de mudar as cores do vestido (auriverde!) tão feias
De minha pátria, de minha pátria sem sapatos
E sem meias pátria minhaTão pobrinha!




Porque te amo tanto, pátria minha, eu que não tenho
Pátria, eu semente que nasci do vento
Eu que não vou e não venho, eu que permaneço
Em contato com a dor do tempo, eu elemento
De ligação entre a ação o pensamento
Eu fio invisível no espaço de todo adeus
Eu, o sem Deus!

Tenho-te no entanto em mim como um gemido
De flor; tenho-te como um amor morrido
A quem se jurou; tenho-te como uma fé
Sem dogma; tenho-te em tudo em que não me sinto a jeito
Nesta sala estrangeira com lareira
E sem pé-direito.

Ah, pátria minha, lembra-me uma noite no Maine, Nova Inglaterra
Quando tudo passou a ser infinito e nada terra
E eu vi alfa e beta de Centauro escalarem o monte até o céu
Muitos me surpreenderam parado no campo sem luz
À espera de ver surgir a Cruz do Sul
Que eu sabia, mas amanheceu...








Fonte de mel, bicho triste, pátria minha

Amada, idolatrada, salve, salve!

Que mais doce esperança acorrentada

O não poder dizer-te: aguarda...Não tardo!


Quero rever-te, pátria minha, e para Rever-te me esqueci de tudo

Fui cego, estropiado, surdo, mudo

Vi minha humilde morte cara a cara

Rasguei poemas, mulheres, horizontes

Fiquei simples, sem fontes.


Pátria minha... A minha pátria não é florão, nem ostenta

Lábaro não; a minha pátria é desolação

De caminhos, a minha pátria é terra sedenta

E praia branca; a minha pátria é o grande rio secular

Que bebe nuvem, come terra

E urina mar.




Mais do que a mais garrida a minha pátria tem

Uma quentura, um querer bem, um bem

Um libertas quae sera tamem

Que um dia traduzi num exame escrito:

"Liberta que serás também"

E repito!
Ponho no vento o ouvido e escuto a brisa

Que brinca em teus cabelos e te alisa


Pátria minha, e perfuma o teu chão...

Que vontade de adormecer-me

Entre teus doces montes, pátria minha

Atento à fome em tuas entranhas

E ao batuque em teu coração.


Não te direi o nome, pátria minha

Teu nome é pátria amada, é patriazinha

Não rima com mãe gentil

Vives em mim como uma filha, que és

Uma ilha de ternura: a Ilha

Brasil, talvez.


Agora chamarei a amiga cotovia

E pedirei que peça ao rouxinol do dia

Que peça ao sabiá

Para levar-te presto este avigrama:

"Pátria minha, saudades de quem te ama...

Vinicius de Moraes."


Foto, Performance de Francisco Rivero. Rio de Janeiro, 19\10\2011





lundi 17 octobre 2011

...e ninguém morreira de fome.

Mahatma Gandhi

Cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência. Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não havia pobreza no mundo e ninguém morreria de fome.













Art Graphique. Oeuvres ( 15 )

Regard livre dans la limite des emotions disponible...

Oeuvres de styles et de tecniques souvent divers. Illustre les nombreuses possibilités offertes par l' art graphiques, médium où s' affirme mon imaginaire.



" Outros ". Serigraphie, T.Mixte. 15 x 22.2 cm








dimanche 16 octobre 2011

Vitor Garbelotto

o violão limpo


Há um momento em que o sol se ausenta do Rio e uma chuva fina desliza pela imaginação a escutar e descobrir a obra de Radamés Gnattali. "Integral para Violão Solo".

Graças ao violão limpo de Vitor Garbalotto, as cores e o ritmo se fizeram presentes em sua generosidade e simplicidade de intérprete, assim como o desejo nobre de homem da música que descobre em seu verdadeiro valor a obra deste compositor que entre outros méritos foi uma personalidade que estendeu pontes fraternais entre artistas de seu tempo.

Lugar de encontros úteis e maravilhosos na Livraria Arlequim, todos os sábados, a partir das 15 h da tarde.











Foto, Francisco Rivero

Programa:



Estudo I.- Radamés Gnattali


Sarau para Radamés .- Paulinho da Viola
Brasiliana nº 13. - arr. Vitor Garbelotto
I – Samba-Bossa Nova; II – Valsa;
III – Choro.- Radamés Gnattali
Canto de Iemanjá/Canto de Xangô. - Baden Powell e Vinícius de Moraes. arr. Vitor Garbelotto
Gracioso. - Garoto, Aníbal Augusto Sardinha
Estudo X, - Radamés Gnattali
A lenda do Abaeté. - Dorival Caymmi, Transcrição e arr.: Vitor Garbelotto
Rosa. - Pixinguinha
arr. Vitor Garbelotto
Pequena suíte para violão solo.

I – Pastoril; II – Toada; III – Frevo. - Radamés Gnattali
Camará. - Raphael Rabello e Paulo César Pinheiro
arr. Vitor Garbelotto







" Sem Saida "

...oui, oui, Sartre passou pelo agradável e bonito teatro municipal de Niterói.

Atravessar de barca a baía de Guanabara em direção a Niterói para assistir a apresentação de teatro "Sem Saída" de J.P.Sartre em versão em português. Como espectador minha curiosidade e interesse é o de observar como os atores e o diretor abordavam a obra a partir de uma visão local. No meu entender, o trabalho dos atores foi muito desigual e talvez nessa representação esteve ausente uma credibilidade na interpretação dos personagens.

A plateia aplaudiu de pé e com entusiasmo... oui, oui, Sartre passou pelo agradável e bonito teatro municipal de Niterói.







Foto, Francisco Rivero.





Olhando o entardecer.

A fonte eterna de tudo.

Ao iniciarmos um novo ciclo, em qualquer que seja a área da vida, nossas forças surgem com máxima intensidade e curiosidade pelo novo. Neste recomeço, temos a esperança de mudar o que é preciso. É tempo de seguir em frente.
Lea&Leo





Foto. Francisco Rivero, Praia de Icarai, Niteroi, RJ.






jeudi 13 octobre 2011

Matisse, Cézanne, Picasso…

L’aventure des Stein
Grand Palais, 75008. Jusqu’au 14 janvier. Rens.: www.rmn.fr

Leo Stein écrit : «Picasso était très humain, sachant mesurer à leur exacte valeur les qualités de ses semblables. Il était comblé de dons d’expression infinis. A l’instar d’un Rembrandt ou d’un Goya, il serait parvenu à la maturité de ses capacités en développant ses facultés naturelles. Au lieu de cela, déficiences du caractère et inopportunité de circonstances l’ont amené à chercher à se réaliser par la construction de formes pures, ce pour quoi son talent n’était que médiocre. L’accomplissement de soi ne peut se réaliser par la dérobade. Picasso a refusé le travail qu’il aurait du véritablement accomplir, le considérant comme peu digne de lui. Le résultat, c’est une vaste étendue désertique, pleine de sottises et de gaspillage.»


Gertrude Stein - Pablo Picasso. Metropolitan Museum of Art, New York, USA.


Gertrude Stein: «Leur plaisir serait tellement plus fort s’ils aimaient ce qui est créé au moment où c’est créé plutôt que quand c’est devenu classique. Mais bien évidemment il n’y a aucune raison pour que les contemporains jettent les yeux sur la composition moderne, parce que cela ne changerait rien ; ils vivent déjà leur vie dans la nouvelle composition, mais comme naturellement ils sont paresseux, pourquoi y jetteraient-ils les yeux ?»





Os Capitães da Areia

Um filme de Cecília Amado

Os " Capitaes da Areia " - Pedro Bala, Professor Gato, Sem Pernas, Boa Vida e Dora são personagens que Jorge Amado um dia criou para habitarem eternamente na memoria de seus leitores. Abandonados por suas familias, eles são obrigados a lutar para sobreviver pelas ruas de Salvador. Mais atual doque nunca, a historia destes personagens imortais da literatura mundial nos emociona e inspira de forma profunda.

A arte cinematográfica tem um desafio a superar, quando se trata de levar às telas do cinema e à apreciação dos espectadores conhecedores dessa obra que é um clássico contemporâneo da literatura brasileira.

Recordo agora que em um dia como hoje, que se celebra o dia da criança, os personagens desta ficção desenvolveram situações dramáticas à altura deste romance, o que augura uma nova dimensão da amizade e da lealdade entre crianças em um meio social desfavorável.






" A cidade era como un enorme carrosel, onde giravam em invisivies os Capitães da Areia "






" Sob a lua, um velho trapiche abandonado as crianças dormen "








" Não se vive inultimente uma infancia entre os Capitães da Areia "







" Eram na verdade os donos da cidade, os que a conheciam totalmente a amavam, os sus poetas "


As 4 fotos são obras da pintora bahiana DODO e formam parte da colecáo privada de P.B.Borges & F.Rivero