Uma observação extremamente próxima desvela segredos desses minúsculos universos dotados de beleza e sensualidade.
Francisco Rivero não se conforma em ser um pensador de telas, como alguma vez se denominou àqueles que concebem formas para uma realização posterior.
Retoma de maneira diligente a ação e a criação manuais, que apesar do esforço e dedicação, não dissimulam os prazeres e alegrias da produção. Impregnado de um sentido muito atual da criação plástica, porém de um saborear tátil da realização, desfruta o acidente, a surpresa que pode manifestar o material selecionado.
Cada pedaço de tecido, ao mesmo tempo que se mostra maleável em suas mãos, se mantém fiel a sua natureza e não renuncia a sua própria força gravitacional. Integrados ao conjunto, os fragmentos continuam sendo miudezas inspiradoras.
Desta realidade enriquecida, da peça de tela criada para uma função, porém aplicada a outra – concepção intelectual e realidade física, vontade e resistência unidas pela dialética do trabalho – nasce o novo.
Tudo isso aportou soluções que foram se somando até fixar um procedimento. As costuras manuais dos tecidos não pretendem passar inadvertidas; se impõem, contribuem para realçar o conjunto, demarcam zonas, elegem novos elementos desfrutáveis. Isto no que diz respeito à realização formal.
Quanto à temática, a reflexão intelectual e a projeção de uma personalidade artística se mantém fiéis à evolução de Rivero e também a sua constante busca.
Veja video da Performance :
http://jfranrivero.blogspot.com.br/2013/02/une-dimension-caribeenne.html
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