Há uma triangulação no itinerário Itaguarense atual em favor da identificação dos valores humanos nos murais realizados pelos artista plástico cubano Francisco Rivero no interior do Museu Sagarana (janeiro de 2012), e agora na Escola Municipal Padre Geraldo e no Posto de Saúde Básica “Geni Alves de Lima” no município de Itaguara, Estado de Minas Gerais.
Não há dúvida de que existe um sentimento lírico muito vivo nestas pinturas murais, e talvez seja este o motor essencial que lhe permite repensar a partir de uma perspectiva atual a natureza fraternal e solidária desse caminho da palavra ao gesto, do sentimento à superfície da parede, onde a poesia se faz pintura ou a pintura poesia...
O mais importante é que ali está ele com sua marca firme, apontando luzes a partir da paleta, colorindo as manhãs e as tardes das pessoas ou desenhando a força do mar... em Minas Gerais. Ousadia a deste pintor de Cuba de propor Oceanos do IMAGINÁRIO desde a entranha artística de alguém que conhece os mistérios da criação.
A verdadeira criatividade de Francisco Rivero está em dar imagem plástica a essa vivência tão profunda que o possui e que termina por incorporar-se em suas obras de maneira que se faça presente nos outros. Com uma originalidade natural, a paisagem aparece em “Itaguara, a beleza desta terra não tem fim” 2012, “As crianças são a esperança do mundo” e em “Saúde e Cultura: um jardim de qualidade de vida” estes dois últimos realizados recentemente em 2013.
Pelo catálogo de recursos utilizados nestes três murais se aprecia a permanência da linha – infalível recurso expressivo do artista – , junto a essa constância de uma tinta plana e pura..., uma técnica mista onde o pontilismo seduz desde o primeiro olhar, em que sobressai o mais profundo de sua alma poética.
Seu pincel tem se enriquecido com o tempo, e tem começado de peito aberto a dialogar com essa diversidade que é o Brasil. O pintor escuta, vê e lê atentamente a favor da construção de sua visão particular interior/exterior.
Um reflexo do anteriormente dito tem como resultado um espaço triangular no caso de Itaguara, onde a ficção do movimento é paralela à ficção de profundidade. Ali, onde sua linha se agita, invade ondulações, sai à tona essa harmonia de tons, em que o artista é o mestre indiscutível da interdisciplinaridade.
Uma estrela de imaginação e de utopia faz possível que o humano seja o centro de atenção primeira tanto na linguagem como na ação. É aí onde encontramos a lucidez da postura cidadã presente e futura.
Obrigado a todos os semeadores de estrelas do mundo.
Fotos, Francisco Rivero
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