Escritor, autor de ‘A arte de semear estrelas’
Rio - Finda o ano, inicia-se o novo. No íntimo, o propósito de “daqui pra frente, tudo vai ser diferente”...
Começar de novo. Será?
Atribui-se a Gandhi esta lista dos Sete Pecados Sociais:
1) Prazeres sem escrúpulos;
2) Riqueza sem trabalho;
3) Comércio sem moral;
4) Conhecimento sem sabedoria;
5) Ciência sem humanismo;
6) Política sem idealismo;
7) Religião sem amor.
E agora, José? No mundo em que vivemos, quanta esbórnia, corrupção, nepotismo, ciência e tecnologia para fins bélicos, práticas religiosas fundamentalistas, arrogantes e extorsivas!
Os ídolos atuais, que pautam o comportamento coletivo, quase nada têm do altruísmo dos mestres espirituais, dos revolucionários sociais, do humanismo de cientistas como os dois Albert, o Einstein e o Schweitzer. Hoje, predominam as celebridades do cinema e da TV, as cantoras exóticas, os desportistas biliardários.
Uma parcela da juventude se afunda nas drogas, na busca virtual de um ‘esplendor’ que a realidade não lhe oferece. São crianças e jovens deseducados para a solidariedade, a compaixão, o respeito aos pobres. Uma geração desprovida de utopia e sonhos libertários.
A australiana Bronnie Ware trabalhou com doentes terminais. A partir do que viu e ouviu, elencou os cinco principais arrependimentos de pessoas moribundas:
1) Gostaria de ter tido a coragem de viver uma vida verdadeira para mim, e não a que os outros esperavam de mim;
2) Gostaria de não ter trabalhado tanto;
3) Gostaria de ter tido a oportunidade de expressar meus sentimentos;
4) Gostaria de ter tido mais contato com meus amigos;
5) Gostaria de ter tido a coragem de me dar o direito de ser feliz.
E nós, que ainda não estamos moribundos, de que gostaríamos de não nos arrepender?
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