lundi 30 juillet 2012

Memories of Andorra 2008





artstung.blogspot.com

In 2008 I went to Andorra to participate in an international art camp with about 39 other artists. One of the best experiences of my life. This year, the Andorra camp was held again in July and from the photos on the link, I can see they all had a great time and did some fantastic work. I saw a few familiar faces too. Really wish I was there.This link will take you to the press release I wrote when I returned to Grenada and from there you can see what happened this year.



Painting the iconic Grenadian ShortKnee




Me and  Francisco Rivero 




There's my name, and my handprint


These are some images from my stint in Andorra, painting a mural in an underpass with Cuban artist Francisco Rivero - incorporating existing graffiti to create something really beautiful. Of course I had to include the Grenadian Shortknee, and leave my mark, my handprint and my heart (see article I wrote) in Andorra. 




Sea-level rise on the islands of the ShortKnee





FRIDAY, SEPTEMBER 17, 2010















“Cimarrones em Montmartre”. Dois pintores cubanos residentes na França






Dois pintores cubanos residentes na França exibem sua obra no Centro Cultural Casa de Victor Hugo, na Cidade de Havana até o dia 15 de fevereiro.

Fui à inauguração da mostra “Cimarrones em Montmartre”, dos pintores Francisco Rivero e Lorenzo Padilla Assisti convidada por Mercedes Aguirre Sotolongo, curadora da exposição, aliado a uma amizade de mais de trinta anos a Francisco Rivero.

Não posso falar desta exposição como o faria uma crítica de arte ou conhecedora de pintura, porque não sou. Apenas entrei no salão do segundo andar, o primeiro que chamou minha atenção fui um quadro no fundo da sala, na parede que ficava justo em frente, e que me atraiu pelo colorido e alegria que me produziu instantaneamente.
Mesmo assim decidi ser disciplinada e seguir uma espécie de ordem sugerida pela colocação das palavras da curadora a minha esquerda, e os quadros em sucessão a partir delas.








Se o primeiro quadro me atraiu pela profusão de cores, agora me surpreendia a variedade de técnicas e suportes empregados por Francisco Rivero: colagem, tinta sobre cartolina e óleos sobre o mesmo suporte; também se incluíam várias colagens com acrílico sobre papelão, um material que aqui empregamos para cobrir buracos em uma porta ou janela de forma provisória, em nossas casas.
De alguma maneira estes trabalhos me fizeram pensar em uma busca das raízes africanas, uma nostalgia de emigrante, tristeza da distância e a busca de si mesmo, talvez pelos tons sombrios, o emprego do preto como única cor em alguns casos. Me vem à mente uma frase que dá título a um de seus quadros: “Alguns são folhas, outros são ramos, porém eu, eu, eu, eu...sou a raiz”.

Finalmente cheguei ao quadro que me havia chamado a atenção e então veio a surpresa porque não era um óleo. 
Algo que pude notar nas peças de Francisco Rivero foi que em nenhum dos casos usou o óleo como suporte. Neste caso, também não se tratava de cartolina, mas sim de uma combinação de fragmentos de tecidos costurados. 
Este quadro se intitula: “Um dia sem nuvens”, algo que para nós é só um dia típico, porém este título me sugere que na França um dia assim pode ser algo especial e talvez muito esperado.
O uso de tecidos se repete nos três quadros restantes que fazem parte da mostra de Francisco Rivero. Se tivesse que descrevê-lo apenas a partir de suas peças, diria que possui uma mente inquieta e uma necessidade de explorar e experimentar constantemente.








Porém também tive a oportunidade de conversar com ele, e fiquei sabendo de seu interesse pelo tecido como elemento da vida cotidiana, que tem como função principal a de nos vestir. 

Não me espantou saber, posteriormente, que este homem que estudou pintura na Academia de San Alejandro em Havana entre os anos 1972 e 1976 também se formou no Instituto Superior de Desenho no ano de 1984.

Na obra “A grande felicidade toma seu espaço”, o papel de cobrir parede se soma à combinação de tecidos, assim como em “Chega no silêncio eloquente de um sonho”, onde emerge a silhueta de uma mulher caribenha ou africana, a partir da combinação. No quadro “Na fria colina uma canção” se combinam as cores azul, vermelho e branco; cores da bandeira francesa que são também, casualmente, as cores da bandeira cubana.
Ou talvez não casualmente, pois foi a Revolução francesa com seus ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, a que inspirou quase todos os levantes revolucionários do século 19. 
A realidade destes ideais na França contemporânea é uma preocupação constante que se reflete nas conversações com Francisco Rivero.

Fui descobrindo esta exposição através de várias visitas nas quais sempre um detalhe novo se revelava, e também ao falar com seu criador. 
Dentro desta mostra, composta principalmente por quadros, se inclui uma pequena instalação feita em cartão que se utiliza como embrulho nas lojas e que muitas vezes vemos atirada fora dos armazéns e nos cestos de lixo.
Confesso que não me chamou a atenção até a terceira visita, fundamentalmente por seu título “Visão”. 
O artista me conta que se trata de um envoltório que protegia um telefone de fibra óptica que instalaram em sua casa na França; o homem que fez o trabalho perguntou a Francisco se ele podia se desfazer do envoltório, porque aparentemente o senhor não tinha tempo, e Francisco aceitou a incumbência.
Porém logo viu as potencialidades do material para converter-se, em seu estado natural, sem ser alterado com pintura, em uma obra de arte. Essa foi a visão que teve ao contemplar o envoltório e ensaiar formar com ele. Daí o título da obra que agora está em exibição na Casa de Victor Hugo.










Nesta exposição estão também uma aquarela e três óleos sobre tela em pequeno formato, sem título, do pintor Lorenzo Padilla. Este artista obteve uma bolsa do Museu do Prado nos inícios dos anos sessenta e desde finais dessa década vive na França.
Francisco o descreve como uma pessoa de grande sensibilidade e elevados princípios. Doou obras de arte à cidade de Matanzas e também uma coleção de arte africana que está em exibição no Museu de Arte Africana de Matanzas. Por este motivo, recebeu a Distinção pela Cultura Nacional no ano de 2006.

O lugar escolhido para esta exposição também não parece ser casual. Se trata do Centro Cultural Casa de Victor Hugo, situado na rua O’Reilly de Havana Velha.

O célebre escritor francês nunca viveu neste lugar, porém este Centro foi inaugurado em 16 de abril de 2005 para render-lhe homenagem por sua solidariedade com os cubanos que lutaram pela independência contra a metrópole espanhola no século 19.
Também se diz que manteve correspondência com nosso Apóstolo José Marti. Daqui se difunde a cultura francesa na comunidade, com aulas de línguas, conferências e mostras de filmes.
Neste local permanecerá aberta a exposição “Cimarrones em Montmartre” até 15 de fevereiro.



HAVANA TIMES, 7 février.
Yusimi Rodriguez, photos: Alejandro Morales













dimanche 29 juillet 2012

Ensina a teu filho. Frei Betto



Ensina a teu filho que o Brasil tem jeito e que ele deve crescer feliz por ser brasileiro. Há neste país juízes justos, ainda que esta verdade soe como cacófato. Juízes que, como meu pai, nunca empregaram familiares, embora tivessem filhos advogados, jamais fizeram da função um meio de angariar mordomias e, isentos, deram ganho de causa também a pobres, contrariando patrões gananciosos ou empresas que se viram obrigadas a aprender que, para certos homens, a honra é inegociável.

Ensina a teu filho que neste país há políticos íntegros como Antônio Pinheiro, pai do jornalista Chico Pinheiro, que revelou na mídia seu contracheque de parlamentar e devolveu aos cofres públicos jetons de procedência duvidosa.

Saiba o teu filho que, no monolito preto do Banco Central, em Brasília, onde trabalham cerca de 3 mil pessoas, a maioria é honrada e, porque não é cega, indignada ante maracutaias de autoridades que deveriam primar pela ética no cargo que lhes foi confiado.

Ensina a teu filho que não ter talento esportivo ou rosto e corpo de modelo, e sentir-se feio diante dos padrões vigentes de beleza, não é motivo para ele perder a auto-estima. A felicidade não se compra nem é um troféu que se ganha vencendo a concorrência. Tece-se de valores e virtudes e desenha, em nossa existência, um sentido pelo qual vale a pena viver e morrer.




Foto, Francisco Rivero



Ensina a teu filho que o Brasil possui dimensões continentais e as mais fertéis terras do planeta. Não se justifica, pois, tanta terra sem gente e tanta gente sem terra. Assim como a libertação dos escravos tardou, mas chegou, a reforma agrária haverá de se implantar. Tomara que regada com muito pouco sangue.

Saiba o teu filho que os sem-terra que ocupam áreas ociosas e prédios públicos são, hoje, chamados de "bandidos", como outrora a pecha caiu sobre Gandhi sentado nos trilhos das ferrovias inglesas e Luther King ocupando escolas vetadas aos negros.

Ensina a teu filho que pioneiros e profetas, de Jesus a Tiradentes, de Francisco de Assis a Nelson Mandela, são invariavelmente tratados, pela elite de seu tempo, como subversivos, malfeitores, visionários.

Ensina a teu filho que o Brasil é uma nação trabalhadora e criativa. Milhões de brasileiros levantam cedo todos os dias, comem aquém de suas necessidades e consomem a maior parcela de sua vida no trabalho, em troca de um salário que não lhes assegura sequer o acesso à casa própria. No entanto, essa gente é incapaz de furtar um lápis do escritório, um tijolo da obra, uma ferramenta da fábrica. Sente-se honrada por não descer ao ralo que nivela bandidos de colarinho branco com os pés-de-chinelo. É gente feita daquela matéria-prima dos lixeiros de Vitória que entregaram à polícia sacolas recheadas de dinheiro que assaltantes de banco haviam escondido numa caçamba.

Ensina teu filho a evitar a via preferencial dessa sociedade neoliberal que nos tenta incutir que ser consumidor é mais importante que ser cidadão, incensa quem esbanja fortuna e realça mais a estética que a ética.

Saiba o teu filho que o Brasil é a terra de índios que não se curvaram ao jugo português e de Zumbi, de Angelim e frei Caneca, de madre Joana Angélica e Anita Garibaldi, dom Hélder Câmara e Chico Mendes.

Ensina a teu filho que ele não precisa concordar com a desordem estabelecida e que será feliz se se unir àqueles que lutam por transformações sociais que tornem este país livre e justo. Então, ele transmitirá a teu neto o legado de tua sabedoria.

Ensina teu filho a votar com consciência e jamais ter nojo de política, pois quem age assim é governado por quem não tem e, se a maioria tiver a mesma reação, será o fim da democracia. Que o teu voto e o dele sejam em prol da justiça social e dos direitos dos brasileiros imerecidamente tão pobres e excluídos, por razões políticas, dos dons da vida.

Ensina a teu filho que a uma pessoa bastam o pão, o vinho e um grande amor. Cultiva nele os desejos do espírito. Saiba o teu filho escutar o silêncio, reverenciar as expressões de vida e deixar-se amar por Deus que o habita.

Artigo - O Estado de S. Paulo
















Um olhar atento. São Pedro do Itabapoana. ES. Brasil.




Ser universal falando de sua propria aldeia







































Fotos, Francisco Rivero












Um olhar atento. Campos dos Goitacazes. RJ. Brasil




Ser universal falando de sua propria aldeia.

























Fotos, Francisco Rivero












Quand s'appelait... Norma Jean . ASSEMBLAGE


La réalité derrière la légende.

Norma Jean n' est autre que Marilyn Monroe.





" La réalité " 23 x 32 cm. T. mixte, assemblage. Francisco Rivero




" La légende " 23 x 32 cm. T. mixte, assemblage. Francisco Rivero











lundi 23 juillet 2012

Generation WESTINGHOUSE Espaço irregular do horizonte




 

Não é a épica que move o sentido dos destinos.











" Espaço irregular do horizonte " Performance, Francisco Rivero



Os seres revelamos territórios de silêncios onde a voz do pensamento e ideias circulam.
O tempo transcorre na paisagem que vai marcando o decurso da vida e os personagens que somos.
Este circuito se percebe desde a intimidade que anula as referências dos sucessos.
Assim o passado e o presente convergem ao espaço irregular do horizonte.















Generation WESTINGHOUSE Miragens, Virtualidades



Fabulações das Mãos












" Miragens, Virtualidades " Performance, Francisco Rivero





Miragens, Virtualidades
Urge sabê-lo.
A vida oferece criações e recriações do mundo.
Assim as versões podem ser infinitas graças às Fabulações das Mãos.









Generation WESTINGHOUSE. Seu silêncio




" Cuide para que sua fala seja melhor que o seu silêncio." 







" Seu silencio " Performance. Francisco Rivero